O Centenário do Samba
Em meados do século 19, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzidas pelos escravos africanos, desde o Maranhão até São Paulo. O samba carioca provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganhou novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então). Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem a ao samba moderno.
O nome samba é, provavelmente, originário do nome angolano samba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como se dançava.
“Nascia do samba um novo gênero musical”
Uma composição de 1899 de Chiquinha Gonzaga, intitulada “Oh! Abre Alas”, feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro foi primeira marcha. Nascia do samba um novo gênero musical (leia mais em: história das marchinhas de carnaval).
Lapa de antigamente
O termo “escola de samba” é originário deste período de formação do gênero. O termo foi adotado por grandes grupos de sambistas numa tentativa de ganhar aceitação para o samba e para a suas manifestações artísticas; o morro era o terreno onde o samba nascia e a “escola” dava aos músicos um senso de legitimidade e organização que permitia romper com as barreiras sociais.
História do Samba: (Donga chegou a anunciar “Pelo telefone” como “tango-samba”)
O samba a maxixado pelo telefone, de domínio público mas registrado por Donga e Mauro Almeida, é considerado o primeiro samba gravado, embora Baiano e Ernesto Nazaré tenham gravado pela Casa Edison desde 1903. É deles o samba “A viola está magoada”.
Documentário A História do Samba Carioca
Há registros também do samba “Em casa de Baiana” (1913), de autoria de Alfredo Carlos Brício. Porém ambos não fizeram muito sucesso, e foi a composição registrada por Donga que levou o gênero para além dos morros. Donga chegou a anunciar “Pelo telefone” como “tango-samba”, no Jornal do Brasil de 8 de janeiro de 1917.
Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar. Eles transformaram o gênero, dando-lhe os contornos atuais, inclusive coma introdução de novos instrumentos, como o surdo e a cuíca, para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval.
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“Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto”
Nesta mesma época, um importante personagem também foi muito importante para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de “música oficial” do Brasil.
Nos anos seguintes o samba se desenvolveu em várias direções, do samba canção às baterias de escolas de samba. Um dos novos estilos foi a bossa nova, criado por membros da classe média, dentre eles João Gilberto e Antonio Carlos Jobim.
Nos anos sessenta os músicos da bossa nova iniciaram um movimento de resgate dos grandes mestres do samba. Muitos artistas foram descobertos pelo grande público neste momento. Nomes como Cartola, Nelson Cavaquinho, Zé Keti e Clementina de Jesus gravaram os seus primeiros discos.
Pixinguinha, Donga e João da Baiana
Nos anos setenta, o samba era muito tocado nas rádios. Compositores e cantores como Martinho da Vila, Bezerra da Silva, Clara Nunes e Beth Carvalho dominavam as paradas de sucesso.
No início da década de 1980, depois de um período de esquecimento onde as rádios eram dominadas pela música de discoteca e pelo rock brasileiro, o samba reapareceu no cenário brasileiro com um novo movimento chamado de pagode. Nascido nos subúrbios cariocas, o pagode era um samba renovado, que utilizava novos instrumentos, como o banjo e o tantã, e uma linguagem mais popular. Os nomes mais famosos foram Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Grupo Fundo de Quintal, Jorge Aragão e Jovelina Pérola Negra. (leia mais em: história do pagode).
A partir do ano 2000, o samba ganhou nova força e novamente caiu no gosto popular. Teresa Cristina e o Grupo Semente despontaram na Lapa e trouxeram com eles uma nova geração de músicos talentosos. Não só o samba carioca estava na moda. O carnaval do Rio de Janeiro também vem conquistando mutos admiradores e cada vez mais os foliões se dirigiram ao Rio para brincar carnaval.
Atualmente o samba ainda é um dos gêneros musicais mais populares no Brasil e sem dúvida é o ritmo que melhor representa a imagem do Brasil e do carioca.
Assista também:
Samba Livre
Ficar pra que? Pra ver você se apaixonar, Pra ver seu beijo não ser meu. Prefiro me retirar, Palavra de quem sofreu. Não liga não, é sempre assim meu coração Se envolve achando que é amor. Dispara quando te vê, Mas sempre guarda rancor. Quando ele te vê, Pensando em outro alguém Bobo apaixonado, começa a se queixar . Mas se é pra te ver feliz está tudo bem, Estou tão disposto a me sacrificar . Deixe-me ir, [if !supportLineBreakNewLine]é só questão de tempo isso vai passar,
Mas curta seu o momento sem pensar em mim,
Meu bem eu te prometo que não vou chorar.
Deixe-me ir,
Já dei minha palavra vou ficar em paz,
Me dê sua amizade e está bom pra mim,
Talvez esteja errado por querer demais.
Deixe-me ir.
Composição: Lucas Morato
Por: João Pedro Martins (T: M101) [endif]
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