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Tuma 9901

O Rio de Janeiro de Pereira Passos: Contribuições de Oswaldo Cruz para saúde.

Atenção Contrária

Antes das reformas promovidas por Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902 e 1906, o Rio de Janeiro era conhecido como “Porto Sujo” ou “Cidade da Morte”, um lugar evitado pelos viajantes. A falta de planejamento urbano e de infraestrutura sanitária fizeram com que o Rio se tornasse foco de uma variedade de doenças como a febre amarela, varíola, sarampo, disenteria, difteria, tuberculose e até mesmo a peste bubônica.





(Cortiço local de grande concentração de doenças).


Por conta desse atual situação, os governos federal e municipal deflagraram cada qual, seu processo de reforma do Rio de Janeiro. A iniciativa municipal, coordenada pelo então prefeito Pereira Passos, ficou vulgarmente conhecida como “bota abaixo”. Com o objetivo de sanear o Rio de Janeiro, controlar a propagação de doenças e modernizar o tráfego e a comunicação entre as regiões da cidade, a Reforma Pereira Passos, como ficou conhecido o processo de modernização da cidade, consistiu na demolição de casas particularmente os cortiços que se multiplicavam com a imigração.





Reformas Federais e Municipais


Por conta desse cenário, os governos federal e municipal deflagraram cada qual, seu processo de reforma do Rio de Janeiro. A iniciativa municipal, coordenada pelo então prefeito Pereira Passos, ficou vulgarmente conhecida como “bota abaixo”.


Com o objetivo de sanear o Rio de Janeiro, controlar a propagação de doenças e modernizar o tráfego e a comunicação entre as regiões da cidade, a Reforma Pereira Passos, como ficou conhecido o processo de modernização da cidade, consistiu na demolição de casas particularmente os cortiços que se multiplicavam com a imigração.


A Origem das Favelas

A Reforma Pereira Passos está sendo apontada como responsável pelo surgimento das primeiras favelas no Rio de Janeiro uma vez que a população trabalhadora mais pobre, expulsa de suas casas no centro, foi obrigada a ir morar nos morros para permanecer relativamente próxima do trabalho.




(Renovação da cidade maravilhosa)


A Reforma realizada por Pereira Passos, para transformar a cidade do Rio de Janeiro em Paris, pode ser interpretada como positiva, apesar de autoritária e conservadora, pois representava um esforço de modernização.


Com a população crescendo 95,8% o governo tem muitos motivos para realizar a Reforma. As condições insalubres do Centro causam milhares de mortes anualmente. "Porto sujo" e "cidade da morte" são os nomes que os estrangeiros usam para se referir à capital fluminense.


Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O médico e sanitarista Oswaldo Cruz foi designado pelo presidente para ser o chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.

Campanha de Vacinação Obrigatória

A campanha de vacinação obrigatória é colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.



(Passeata revolucionária contra a vacinação)

Revolta popular

A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica (desemprego, inflação e alto custo de vida) e a reforma urbana que retirou a população pobre do centro da cidade, derrubando vários cortiços e outros tipos de habitações mais simples.


Guerra contra o mosquito


Ao combater a febre amarela, na mesma época, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande parte dos médicos e da população acreditava que a doença se transmitia pelo contato com as roupas, suor, sangue e secreções de doentes.




No entanto, Oswaldo Cruz acreditava em uma nova teoria: o transmissor da febre amarela era um mosquito. Assim, suspendeu as desinfecções, método tradicional no combate à moléstia, e implantou medidas sanitárias com brigadas que percorreram casas, jardins, quintais e ruas, para eliminar focos de insetos.



Fundação FIOCRUZ

A história da Fundação Oswaldo Cruz começou em 25 de maio de 1900, com a criação do Instituto Soroterápico Federal, na bucólica Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro. Inaugurada originalmente para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica, a instituição experimentou, desde então, uma intensa trajetória, que se confunde com o próprio desenvolvimento da saúde pública no país.




(Prédio da Fiocruz situado na Av. Brasil no Rio de Janeiro)



Pelas mãos do jovem bacteriologista Oswaldo Cruz, o Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade.

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