Corpo em movimento é sinônimo saúde
Como é de conhecimento geral, algumas doenças são ocasionadas pelo sedentarismo e pela falta de exercícios físicos. Mas engana-se quem pensa que isso só se aplica à obesidade. À seguir você verá quais outras doenças podem ser causadas pela ociosidade e como a prática de atividades físicas podem ajudar a tratá-las.
Infarto
O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sanguíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração.
As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento de sangue.
Sintomas
O sintoma clássico é uma dor em aperto no lado esquerdo ou no centro do peito podendo irradiar para o pescoço ou para o braço esquerdo, porém em cerca de 15% dos casos, o sintoma pode ser atípico com dor no lado direito do peito, suor, enjoo, vômitos, dor no estômago, falta de ar, tonteira ou palpitações.
Causas
O infarto está mais frequentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sanguíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável por sua irrigação.
Principais fatores de risco associados ao infarto
• Colesterol alto
• Sedentarismo
• Tabagismo
• Hipertensão arterial
• Menopausa
• Diabetes mellitus
• Idade
Tratamento disponíveis
Qualquer que seja o tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente infartado, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início da dor. Quanto mais precoce, maior é a chance de ser restabelecido o fluxo sanguíneo e de oxigênio nas artérias coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco. Pontos importantes do tratamento são: alívio da dor, repouso para reduzir o trabalho cardíaco e administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sanguíneo.
Complicações da Doença
As principais complicações do infarto são: arritmia cardíaca, choque cardiogênico, insuficiência respiratória, insuficiência renal ou parada cardiorrespiratória.
Prevenção
• Ter uma dieta equilibrada, reduzindo a ingestão de gorduras saturadas e aumentando as fibras, frutas, vegetais e cereais.
• Prática regular de atividades físicas.
• Manter o peso ideal, com índice de massa corporal abaixo de 25 kg/m², evitando a obesidade e seus danos à saúde.
• Dosar os níveis de colesterol e triglicérides pelo menos a cada 5 anos a partir dos 35 anos.
• Acompanhar a glicemia nas pessoas com mais de 45 anos, para detecção precoce de diabetes mellitus.
• Abandonar o cigarro para prevenir o infarto do miocárdio e outras doenças como o câncer de pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crônica.
Vídeo:
Depressão
A depressão é um distúrbio mental decorrente de um conflito interno e de uma alteração bioquímica, visto que, pode ser desencadeado por vários fatores: psíquicos, orgânicos e sociais. A intensidade do conflito interno e a sua durabilidade determinarão a gravidade da depressão.
Os critérios diagnósticos de acordo com o DSM IV-TR (2004) são humor deprimido, alterações nas relações sociais, alteração do peso ou apetite, insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, redução da energia, sentimentos de desvalia ou culpa, dificuldade em se concentrar ou pensar, pensamentos de morte ou suicídio e tentativa de suicídio. Para ter o diagnóstico é necessário que a pessoa apresente cinco ou mais sintomas, quase todos os dias, durante ao menos duas semanas.
Recentemente, vários estudos bem delineados têm demonstrado a eficácia de diferentes formas de tratamento não farmacológicos para a depressão. A atividade física tem estado entre essas novas descobertas para o tratamento da depressão, onde seus efeitos antidepressivos têm recebido considerável atenção.
Benefícios da Atividade Física
A atividade física pode proporcionar a distração dos estímulos estressores, melhor qualidade de vida, maior controle sobre o seu corpo e sua vida, melhora da capacidade respiratória, o aumento de estímulos ao sistema nervoso central entre outros.
A atividade física deve fazer parte do indivíduo, com ou sem doenças, durante um longo período de tempo para que o mesmo possa beneficiar-se de todas as melhorias que a atividade física possa oferecer.
Durante a realização de exercícios físicos, o organismo libera dois hormônios essenciais para auxiliar no tratamento da depressão, a endorfina e a dopamina. Ambos têm influência principalmente sobre o humor e emoções.
Exercícios ao Ar Livre
Exercícios ao ar livre são muito benéfico, pois há maior sensação de aumento de energia e motivação, juntamente com diminuição da tensão, raiva, confusão mental e depressão. É comprovado também que os praticantes de atividades ao ar livre têm maior prazer em repetir as atividades no dia seguinte. Dessa forma, a atividade física, aliada à psicoterapia e ao tratamento farmacológico, é um instrumento importante, não apenas como papel de reabilitação ou ocupacional, mas terapêutico da mesma forma.
Vídeo:
Diabetes
A Diabetes Mellitus ou conhecida popularmente apenas por ‘’diabete’’ é uma doença causada pelo aumento da taxa de glicose (açúcar) no sangue. Essa doença quando não tratada, pode acarretar outras doenças como: Infarto do Coração, derrame Cerebral, Insuficiência renal, problemas na visão como Glaucoma e dificulta a cicatrização de ferimentos.
Cerca de 240 milhões de pessoas sofrem com a diabetes, ou seja, 6% (seis pontos por cento) da população brasileira tem Diabetes. Temos também a diabetes insípido que é caracterizada pela sede exagerada e pela excreção de grandes quantidades de urina muito diluída. A única diferença que há nos sintomas da diabetes mellitus para a diabetes insípido é que nela não acontece a presença de açúcar na urina e nem o aumento da taxa de açúcar no sangue.
Diabetes Tipo 1:
O diabetes tipo 1 acontece quando a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois suas células sofrem de destruição autoimune. O pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos ataquem as células que produzem a esse hormônio.
Diabetes Tipo 2:
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo. A pessoa com diabetes tipo 2 pode ter uma resistência aos efeitos da insulina, hormônio que regula a entrada de açúcar nas células ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal.
Sedentarismo e Diabetes
Permanecer sentado por muito tempo, como qualquer comportamento sedentário, é um risco à saúde. Segundo um novo estudo da Universidade de Leicester, na Inglaterra, o hábito pode chegar a dobrar os riscos de um indivíduo ter diabetes, além de também aumentar as chances de mortes por doenças cardíacas ou qualquer outro motivo. Essa relação é válida mesmo se uma pessoa pratica frequentemente atividades físicas moderadas ou intensas.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=cB5k3tAhde8
Câncer
Como ?
O câncer surge a partir de um erro que ocorre na formação das células do corpo humano, levando ao surgimento de células anormais, já que ocorre uma alteração no DNA, que é responsável pelo código genético de cada indivíduo.
Geralmente, as células saudáveis do organismo do homem, vivem, dividem-se e morrem, porém, as células cancerosas, que são aquelas que estão alteradas e que provocam o câncer, dividem-se de forma descontrolada, dando origem a uma neoplasia, que normalmente é conhecida por tumor.
A Atividade Física como aliada
É grande o número de estudos na área do exercício e sua relação com a prevenção e auxílio no contra o câncer. Através do exercício preconiza-se que organismo passe a melhor aproveitar a energia e os extratos metabólicos. Isso provoca uma reação às ações dos carcinógenos, em função do aumento da eficácia do sistema imunológico, no que diz respeito a linfócitos e células, reduzindo assim a quantidade disponível para a absorção pelos possíveis tumores e oferecendo maior resistência às metástases.
A quimioterapia e radioterapia como outros tratamentos contra o câncer, podem trazer efeitos colaterais diversos, onde os mesmos interferem diretamente na qualidade de vida da população em questão.
Os tratamentos do câncer vêm acompanhados de uma série de efeitos colaterais, dentre eles, náuseas, vômitos, queda de cabelo, astenia e palidez, infecções, sangramentos, mucosite e diarreia, obstipação, fadiga, alterações da pele e unhas e alguma toxidade sobre os nervos, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, em 2005.
Segundo alguns estudos publicados a partir da década de 90, à atividade física pode ser utilizada como um recurso benéfico e viável para tratar de pacientes em tratamento de câncer que sofram de fadiga resultante do tratamento quimioterápico e radioterápico.
Nos dias atuais, podemos definir a atividade física como qualquer movimento corporal, que resulta em gasto energético, tendo componentes e determinantes de ordem social, cultural e de comportamentos, que resultam nas atividades de jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos e outros.
Benefícios da Atividade Física
Os benefícios da atividade física em pacientes com câncer estão relacionados ao aumento da força muscular e da capacidade funcional, como controle do peso corporal, redução da fadiga, melhora da autoestima, do humor e sem dúvida da melhora da qualidade de vida.
É de extrema importância ressaltar que a prática de exercícios para pessoas em tratamento quimioterápico deve ser realizada por profissionais qualificados e principalmente com indicação médica.
A prática de atividades físicas influenciam não só no bem estar e a qualidade de vida, mas também interferem na preservação da saúde, contribuindo para o equilíbrio do metabolismo e consequentemente reduzindo os riscos do surgimento de doenças crônicas.
Programa de Exercícios
Embora haja muitas razões para ser fisicamente ativo durante o tratamento do câncer, o programa deve ser baseado no que é seguro, eficaz e agradável para cada paciente. O programa deve levar em conta os programas anteriores de exercícios que o paciente já costumava seguir antes da doença e também seus novos limites. Portanto, o programa de exercícios deve ser adaptado aos seus interesses e necessidades.
O que levar em consideração:
• Tipo e estadiamento da doença.
• Tipo de tratamento.
• Condicionamento físico.
Só inicie a prática de exercícios físicos após liberação de seu médico oncologista, e certifique-se que o profissional que irá elaborar sua rotina de exercícios conhece seu diagnóstico e suas limitações.
Precauções
• Certifique-se que seus níveis sanguíneos estão adequados.
• Não faça exercícios físicos se estiver com anemia.
• Não pratique atividades físicas se o nível dos minerais no sangue, como sódio e potássio, não estiverem normais.
• Se você se sente cansado e sem vontade de praticar exercícios físicos, tente pelo menos fazer 10 minutos de alongamento diariamente.
• Evite superfícies irregulares e exercícios que possam fazer você se machucar.
• Evite exercícios que provoquem muita tensão nos ossos, se você tem osteoporose, metástase óssea, artrite e lesões nos nervos.
• Se você tem problemas de equilíbrio, prefira a bicicleta ergométrica à esteira.
• Avise seu médico se ganhar peso sem motivo aparente, tiver falta de ar ao mínimo esforço, tontura, dores, inchaços e visão turva.
• Observe a ocorrência de sangramentos, especialmente se estiver tomando anticoagulantes.
• Evite piscinas com cloro se tiver feito radioterapia.
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=HU2sXd5H48Q
Autores: André Queiroz, Danilo Ferreira, Jéssica Rodrigues, João Felipe, Júlia Cunha, Luana Sanche, Lucas Matheus, Matheus Lima.
Vídeos
Autores: André Queiroz, Danilo Ferreira, Jéssica Rodrigues, João Felipe, Júlia Cunha, Luana Sanche, Lucas Matheus, Matheus Lima.
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